Ozéia Oliveira
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Pra não dizer que não falei das dores!
Será que essa falta de ar que venho sentindo nas últimas 30 horas é angústia?Do mesmo jeito que falta, sobra o ar, sufoca, invade, domina, determina, pede, leve, peso, dia, noite, falta, excesso... Tudo ao mesmo tempo... O mais difícil é a sensação de perder algo que já não era mais seu, de abrir mão do que não lhe pertence, de sentir falta do que nunca existiu de verdade, apenas a ilusão cretina de segurança que a minha necessidade infantil de proteção criou. Como sempre afirmei, não é possível sentir falta de algo que nunca teve!Mas acho que na verdade isso tudo é medo, medo do novo, medo do bom, medo de crescer, de se tornar realmente responsável por si, medo de fazer a escolha, medo do erro, da revolta, do arrependimento, medo de perder as migalhas que lhe são jogadas quando ao fim do banquete.Porque decidir é tão difícil? Porque preferimos a tragédia à opção?Não sou mais aquele menino que acredita no acaso, cresci, tenho que acreditar na conseqüência, afinal toda ação uma reação, cada escolha uma renúncia... Mas renunciar a que?Tenho necessidade que segure os meus pés quando tenho frio, mas você nem liga pra isso, acho que nunca percebeu o quanto era importante... Nunca percebeu quem eu sou... Se quiser saber, sou forte, sou frágil, sou mutável, sou solidão, sou desespero, sou carência, sou fiel, sou feliz, sou amor, sou ódio, sou ANGÚSTIA, ou melhor, estou angústia... Mas a culpa não é sua, a culpa é única e exclusiva da minha falta de coragem para ser feliz, a falta de coragem que tenho de me torna alguém... A culpa é do meu comodismo, do meu excesso de exigência, de querer que se torne o meu reflexo, mas como posso querer isso, se muitas vezes não gosto do que vejo quando olho no espelho?
Preciso romper os laços de vento que me prendem a você, desmanchar o laço vermelho que prende o meu tarô, e admitir que fracassamos em nossa viagem rumo à terra fantástica, que o trem quebrou no meio do caminho, e precisamos voltar a pé pelos trilhos. Precisamos admitir que nosso barco já deixou de flutuar a muito tempo, e a sua covardia não permitiu que enxergássemos os remos reservas.Acho que esse aperto que sinto, é a aflição em saber que a limitação de espaço entre nós se tornou real, e o desgosto da certeza de que fracassamos.O adeus se torna inevitável, é hora de desatar o nó fictício e tão poderoso que nós une na dor e na decepção. É hora de encarar a realidade.Vou seguir minha vida, ir em busca de novos portos, vou tratar de comprar meias, para as noites frias... Abrir bem meus olhos, e enxergar as belas coisas que a vida me reservou, correr riscos, crescer, buscar, escolher, optar, vivenciar, mudar...Sabe o que mais quero? É ter a liberdade de ser quem eu realmente sou, e mesmo assim continuar sendo amado, é ter o direito de mudar de opinião sem perder a graça. Sabe o que mais quis? Ser compreendido... Ah como seria perfeito se você tivesse sido capaz de enxergar através de minhas máscaras... Mas você só foi capaz de enxergar o que pode usar contra mim, contra meus medos e fraquezas.
Mas tudo bem, não sabemos se essa situação é reversível, por isso, vou guardá-lo em minha caixinha de Pandora junto com os outros defeitos da humanidade, quem sabe lá dentro ele encontra a esperança.Bom, agora vou tratar de encarar o novo com alegria, fazer os sacrifícios que serão necessários, brindar aos fracos, escrever para os amigos, me empanturrar de chocolate, ficar na Internet até tarde, tomar banho de chuva, conhecer novas cidades, fazer novos amigos, traçar novos objetivos, e torcer por sua felicidade, mas agora eu vou ficando por aqui, porque tenho muito a sonhar com essa nova realidade!!!!
Meu reino por uma pessoa interessante
Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo: noites povoadas por pessoas com metade da minha idade e do meu bom senso. Nada contra adolescentes, muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu, mas tô falando dos de "fabricação em série". Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim, gato, iradíssimo, tio. Tinha me decidido a banir a palavra "balada" da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult, desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos. Mas a verdade é que por mais que eu ame meus amigos, a boa música e um bom filme, sinto falta de um amor. Já tentei paquerar em cafés e livrarias, não deu muito certo, as pessoas olham sempre pra mim com aquela cara de "tô no meu mundo, fique no seu".
Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar "se são meus amigos, logo devem ter amigos interessantes". Infelizmente, essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. Tô fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase um.Baladas playbas com rapazes que exibem a chave do Audi, tô mais do que fora. Baladas playbas com garotos praianos hippie-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado (elas misturam o desejo de ser meigos com o desejo de ser manos com o desejo de ser patos) e rapazes garotos-propaganda Adidas com cabelinho playmobil, também tô fora. MUNDO IDIOTA.
O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram "tristeza não tem fim, felicidade sim" no ombro do amigo têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha superdescolado só porque tirou a gravata e porque fala tudo metade em inglês, ao estilo "quero te levar pra casa, how does it sound?" Para dançar, os muquifos eletrônicos alternativos são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituoso com esse tipo, não estou a fim de beijar sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo.Não quero uma transa bizarra. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana. Gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana. Na praia, quem é interessante além de se isolar acorda cedo, aí fica aquela sensação (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas.
Orkut, MSN, chats. me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nesta vida: a tal da química. Mas então onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê. E eu? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindoo mais idiota de todos? Foi então que eu descobri.Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.
Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?
Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar "se são meus amigos, logo devem ter amigos interessantes". Infelizmente, essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. Tô fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase um.Baladas playbas com rapazes que exibem a chave do Audi, tô mais do que fora. Baladas playbas com garotos praianos hippie-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado (elas misturam o desejo de ser meigos com o desejo de ser manos com o desejo de ser patos) e rapazes garotos-propaganda Adidas com cabelinho playmobil, também tô fora. MUNDO IDIOTA.
O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram "tristeza não tem fim, felicidade sim" no ombro do amigo têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha superdescolado só porque tirou a gravata e porque fala tudo metade em inglês, ao estilo "quero te levar pra casa, how does it sound?" Para dançar, os muquifos eletrônicos alternativos são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituoso com esse tipo, não estou a fim de beijar sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo.Não quero uma transa bizarra. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana. Gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana. Na praia, quem é interessante além de se isolar acorda cedo, aí fica aquela sensação (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas.
Orkut, MSN, chats. me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nesta vida: a tal da química. Mas então onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê. E eu? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindoo mais idiota de todos? Foi então que eu descobri.Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.
Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?
Meus medos...
Tenho medo de me apaixonar. Medo de sofrer o que não estou acostumado. Medo de me conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para me ver livre do medo. Medo de me sentir observado em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhado com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolido como se fosse líquido, de ser beijado como se fosse líquen, de ser tragado como se fosse leve.
Tenho medo de me apaixonar por mim mesmo logo agora que tinha desistido de minha vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criei para aquecer as mãos quando criança, medo de ser o último a vir para a mesa, o último a voltar da rua, o último a chorar. Medo de me apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de me roubar para dar a ele, de ser roubado e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerto do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o meu sangue.
Tenho medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de me ultrapassar e esperar por anos, até que eu antes disso e eu depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal eu e o tédio enfim nos entendiamos. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com meu passado. Medo de que não queira me repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que minhas respostas, pior do que as minhas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele me vire para não dormir, que ele acorde ao escutar minha voz. Medo de ser sugado como se fosse pólen, soprado como se fosse brasa, recolhido como se fosse paz.
Medo de ser destruído, aniquilado, devastado e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipado e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigos. Medo de que ele não precise de mim. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasivo no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade.
Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucado, ferido, agredido. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para me mostrar. Medo de enlouquecer sozinho. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinho. Tenho medo de já estar apaixonado.
domingo, 23 de maio de 2010
Judeus, gays, negros, pobres...
''O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar, em que se dá grande importância à noção de existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras.''
Curioso esse assunto.
Preconceito e racismo.
O que é preconceito já está na palavra, agora o significado de racismo...
Exemplos básicos de preconceito?
Cotas nas universidades para negros,índios, pardos, amarelos, roxos e rosa choques.
O engraçado é que inconscientemente ou não, criaram esse sistema que graças a Deus acabará, para os negros/índios/etc terem 'oportunidade' de ingressar nas universidades.
Eles não conseguem entrar se não tiverem cotas?
Eles por acaso, estão sendo chamados de burros ou 'menos privilegiados'?
Nossa, esse sistema das cotas na minha opinião, foi o maior ABSURDO que já pôde existir.
Ate parece que cada 'cor' tem sua quantidade X de inteligencia!
E um outro caso da dupla preconceito&racismo, foi em relação aos judeus.
(Óbvio que eu ia falar de judeus)
Eu tenho preconceito contra quem apoia os retardados mentais que apoiam o neo-nazismo!
Ok, eu não tenho preconceito em relação a isso, eu odeio mesmo.
Desde quando um certo cara baixinho,desconhecido,com um bigode ridículo, chega e começa a dar suas opnioes totalmente erradas sobre a 'raça ariana' e o resto do mundo obedece?
E o resto do mundo abaixa a cabeça?
E o resto do mundo prende,denuncia,bate,mata os que não eram da 'raça ariana'?
Chamo esses de resto do mundo porque era o que eles eram mesmo, 'restos'.
Aonde já se viu alguém ter o poder de matar, tirar a vida de outro ser humano IGUAL a você, só porque eles eram de outra religião? Só porque eram de outra cor? Ou tinham outra opção sexual?
Porque a besta demoníaca do Hitler, e os retardados que apoiaram, mataram uns 6 milhões de judeus e homossexuais,negros e ciganos para 'limpar' o mundo.
DESDE QUANDO JUDEUS,CIGANOS,NEGROS E HOMOSSEXUAIS SÃO LIXO?
Ahhh eu me revolto quando falo desses assuntos!
Me lembrei de um dia numa loja que eu e minha mãe entramos pra comprar sapatos.
Não sei o que aconteceu pra minha mãe ter falado meu nome em voz alta, que uma outra compradora disse a seguinte frase maravilhosa:
''Ih, essa dai é judia, cuidado com ela!' dirigindo-se aos vendedores da loja.
(Rebeca é um nome de origem hebraica, judia, pra quem não sabe)
A mulher simplesmente achou que pelo meu nome ser judeu, eu ia dar calote na loja ou ia chorar desconto!
Mas era uma mulher dessas mal comidas sabe?
Eu fiquei puta, e fiquei mais puta ainda quando minha mãe não quis denunciar nem nada porque achou que 'não ia dar em nada'.
Ok, e se não desse em nada? Pelo menos eu tinha denunciado.
Não tenho preconceito e muito menos racismo em relação a nada, isso posso afirmar.
Não é que eu não ACEITE/APOIE algumas coisas, como por exemplo o homossexualismo, que eu me torne uma PRECONCEITUOSA.
Se eu fosse preconceituosa em relação a gays, eu não falava,saia e nem teria amigos e conhecidos assim.
Me irrita também esse gente que acha que eu tenho que apoiar tudo e todos, se não eu sou 'preconceituosa'.
Não apoio mesmo, não aceito mesmo, mas respeito TODOS como seres humanos.
DÃÃ!
Enfim, respeito é bom, passe adiante!
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